Em seu blog BR-319: Os Desafios de Pavimentar uma Estrada na Amazônia | M.O.D.A a Organização alerta que estudos do próprio DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) apontam que o custo estimado apenas para a reconstrução do trecho central supera R$ 1,4 bilhão. Esse valor inclui a engenharia, as obras físicas e as compensações ambientais.
podemos acessar esse estudo clicando aqui e também na repercussão desse levantamento em veículos de circulação do norte do Brasil BR-319: relatório do DNIT revela que obras de pavimentação do trecho do meio irão custar R$ 1,4 bilhão
No entanto, especialistas alertam que o custo real tende a ser muito maior. Isso porque as peculiaridades climáticas da Amazônia — calor intenso, chuvas constantes e grande umidade do solo — reduzem a durabilidade do asfalto. Em rodovias de clima seco, a pavimentação pode durar décadas com manutenção periódica. Já na Amazônia, há projeções de que em menos de dez anos será necessário refazer boa parte do trabalho e esse é mais ou menos o mesmo tempo em que a rodovia ficou asfaltada antes de se deteriorar entre as décadas de 70 e começo de 80 após sua construção.
Em outras palavras, trata-se de um investimento bilionário que não oferece durabilidade proporcional ao gasto.
A entidade também alerta sobre Impactos socioambientais
Além do custo financeiro, há o impacto socioambiental. O asfaltamento da BR-319 tende a:
- Aumentar o desmatamento: o acesso facilitado impulsiona grilagem de terras, abertura de ramais ilegais e avanço da fronteira agrícola e que, com uma boa fiscalização não ocorre.
- Afetar comunidades indígenas e ribeirinhas, que enfrentam riscos sanitários (doenças, poluição hídrica) e culturais (pressão sobre modos de vida tradicionais). E sabemos que, com trabalhos atenuantes com saúde e as ação dos órgãos governamentais para resguardar as questões culturais podemos continuar sendo Amazônia.
- Comprometer serviços ecossistêmicos, como regulação hídrica, biodiversidade e sequestro de carbono, elementos estratégicos no enfrentamento às mudanças climáticas. E claro, necessitamos enfrentar este problema como enfrentamos em toda a região Amazônia, como por exemplo a BR 174.
Diversos estudos, claro, a maioria tendencioso e patrocinados por entidades internacionais, projetam que, sem medidas rigorosas de controle, a pavimentação da BR-319 poderá induzir um desmatamento superior a 170 mil km² até 2050, inviabilizando metas climáticas do Brasil.
O Movimento Organizado para o Desenvolvimento da Amazônia – MODA, também preceitua que trata-se de uma obra de retorno duvidoso.
Os defensores da BR-319 ressaltam a importância logística da rodovia: facilitar o transporte de cargas de Manaus, reduzir custos e integrar a região ao restante do país. De fato, a conexão terrestre pode gerar ganhos econômicos imediatos.
No entanto, do ponto de vista econômico-científico, o balanço é preocupante:
- O custo inicial é altíssimo.
- A manutenção será constante e caríssima, devido ao clima amazônico.
- O impacto ambiental pode superar os benefícios econômicos, gerando custos indiretos ainda maiores para o país.
Em termos práticos, o Brasil corre o risco de investir bilhões em uma estrada que, poucos anos depois, estará novamente em ruínas, exigindo novos aportes de recursos públicos.
um fato curioso é que o MODA nos convida à uma reflexão.
“A pavimentação da BR-319 se apresenta, assim, como um dos maiores dilemas da Amazônia contemporânea. Por um lado, é símbolo de integração e desenvolvimento. Por outro, é um empreendimento de altíssimo custo, baixa durabilidade e altíssimo impacto ambiental.”
de fato, mais do que uma decisão de engenharia, trata-se de uma escolha política, econômica e civilizatória: investir em um modelo rodoviário que já mostrou sua fragilidade, ou buscar alternativas mais sustentáveis de integração e logística na Amazônia.
Resta saber qual a alternativa que o Movimento Moda pretende trazer à tona!
Estaremos esperando.
vejam os vídeos compartilhado nas redes da Organização:




Deixe um comentário