Bom.
hoje é dia 12 de fevereiro e eu reservei um tempo, depois de digerir um pouco, para falar de um Homem. Mas, Sabe? um homem de verdade.
Um grande homem que se foi em meio à este grande número de morte do Corona Vírus em Manaus que está assolando este inicio do ano de 2021. Isso mesmo, para Manaus, o ano de 2021 está sendo apenas a continuidade do ano de 2020.
O Nome dele: Raimundo Zildomar Barbosa Menezes ou Simplesmente Zildomar Menezes e, que para os íntimos, simplesmente DODO.
Bom, eu poderia passar horas escrevendo sobre o Zildomar, sobre o cuidado com a coisa publica que ele, como servidor publico municipal, tinha. Poderia falar da facilidade que ele tinha de fazer amizades. Enfim. mesmo que me atrevesse à escrever um livro biográfico sobre ele, eu não poderia sintetizar quem foi Zildomar Menezes.
O que posso falar, e creio que este sentimento deve está disseminado por toda a prefeitura de Manaus e não apenas na Secretaria de Finanças, é daquele sentimento de vazio, de não acreditar, de achar que, quando chegarmos na Sede da Semef na Compensa, o Zildo estará lá com pelo menos uma 3 planilhas abertas e se preparando para imprimir algum documento para alguma reunião que acontecerá em instantes.

Eu poderia falar sobre a sua capacidade de se indignar com as injustiças sociais que são comuns na cidade de Manaus, principalmente nas zonas periféricas. E, da mesma forma, poderia falar sobre as injustiças, ou pelo menos, as tentativas de injustiças que o Zildo combatia, principalmente aquelas que, de certa forma, tentavam atropelar os ritos processuais orçamentários e financeiros da burocracia mais rápida do Estado do Amazonas. Isso mesmo, no trato de procedimentos que poderiam durar semanas, várias vezes, tive a oportunidade de sair da Prefeitura por volta das 21h ou 22h e o Zildo continuava na prefeitura, fazendo um serviço que ele poderia fazer no outro dia, apenas para permitir que os processos seguissem suas tramitações de forma mais célere.
Não havia hora extra, Zildo fazia isso apenas pelo prazer de Servir.

Não, o Zildomar jamais dizia não para mais trabalho. O trabalho dele, ele fazia com destreza, o oxigênio dele eram novos e complexos desafios. Quanto mais difícil fossem, com mais dedicação o Zildomar trabalhava.

Se ele tinha amigos, tinha milhares e, infelizmente, na manhã do dia 25 de janeiro de 2021, deixou todos desolados. Tenho certeza que a família dele e os amigos, ainda não digeriram essa perda. ainda não pararam para pensar, talvez até ainda não choraram o suficiente esta perda.

Tivemos a satisfação de ter a sua presença no chá de bebê de nossa filha Hadassa. Pode ser que seja algo comum participar de uma festa com os colegas de trabalho. Porém, e aqui vai uma reflexão, hoje, vejo, o quanto foi importante a presença dele em cada situação de rotina. A cada lembrança, o Zildo se torna cada vez mais importante. Talvez, até a família dele não saiba, o quanto ele era querido por toda Manaus, através da Prefeitura.

Tudo que o Zildo fazia era com verdadeira dedicação, um curso de oratória, que seja, ele se dedicava ao máximo.

Uma palestra, uma reunião, ou seja lá o que fosse, a empolgação dele na execução daquela atividade nos empolgava também.

As vezes, em uma pequena palestra, a sua sinceridade e sua simplicidade, valia qualquer slide à ser apresentado.

o Que fica? não ficam apenas lembranças.

Pois, imagino e sei do Orgulho que seus filhos têm dele. Isso mesmo, pois sei que jamais um pai ou uma mãe, quando cumprem com responsabilidade o seu papel aqui na terra, se eternizam em nossos corações. Eu posso ter algumas lembranças, mas os filhos dele, sentirão ele vivo todos os dias em seus corações.

Sim, estou falando que todos os filhos, sem exceção, sentirão ele vivo sempre.

As palavras estão sumindo, pois está ficando cada vez mais difícil descrever essa sensação, mas, o companheirismo,

A amizade,

a cumplicidade,

A alegria,

mais alegria,
Eh, saudades Zildo.





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